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20/08/11

RÚSSIA – Turistas no espaço a partir de 2014


“A corporação espacial russa Energuia, fabricante das Soyuz, anunciou nesta segunda-feira que está construindo uma nova nave tripulada para enviar turistas para a órbita da Lua a partir de 2014.”

Segundo a fonte, a construção está em fase inicial, quem o afirma é Vitali Lopotá, presidente e engenheiro chefe da Energuia, à agência “Interfax”, destacando que as novas naves Soyuz estarão especialmente equipadas para “a realização de programas comerciais com tripulantes não profissionais”.

O orçamento do projecto, o número de turistas que viajarão em cada voo e o preço que terão que pagar para fazer parte da odisseia espacial, já foram negociados pela Energuia.

“No caso da Soyuz com os turistas a bordo se limitar a rodear a Lua e retornar à Terra, o voo se prolongaria durante 8 ou 9 dias; se a viagem incluir uma visita à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), duraria até três semanas.”

Como é sabido, já viajaram para a ISS sete turistas espaciais, foram eles o americano Dennis Tito (2001) sendo o primeiro a viajar à plataforma, o sul-africano Mark Shuttleworth (2002) e o americano Gregory Olsen (2005).A americana Anousha Ansari foi a primeira turista mulher a viajar para a estação em 2006, seguida do americano de origem húngara Charles Simonyi (2007) e de Richard Garriott, filho do ex-astronauta americano Owen Garriott.

O único turista a repetir a experiência foi Simonyi em Março de 2009, enquanto o fundador do Cirque du Soleil, o canadense Guy Laliberté, foi o último amador a visitar a ISS, de onde dirigiu um espectáculo realizado nos cinco continentes para alertar o mundo sobre o problema da escassez de água.

Devido à grave crise de financiamento que afectou o seu programa especial após a queda da União Soviética, a Rússia recorreu ao turismo espacial no início da década passada sendo a primeira potência a enviar um homem ao espaço em Abril de 1961.

No entanto, em 2009 o país decidiu suspender as visitas devido à falta de espaço, uma vez que a tripulação da ISS duplicou para até seis tripulantes, e também devido à decisão dos Estados Unidos de interromper os voos das suas naves.

Ana J.
Fonte: Exame