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03/06/13

São necessários novos líderes para o período pós-crise

Um estudo do Hay Group sugere algumas modificações comportamentais que os executivos do sector financeiro deverão adoptar para liderar melhor no ambiente pós-crise.


A crise de 2008, que arrasou o sistema financeiro norte-americano e que espoletou uma grave recessão a nível global cujas consequências ainda se sentem em várias economias, modificou inevitavelmente o ambiente em que as empresas do sector operavam. Apesar do esforço de adaptação às novas condições, continua a haver dificuldades: muitos líderes deste sector continuam a insistir nas fórmulas de liderança de antes, apesar da crescente diminuição das margens de lucro, das mudanças registadas na relação com os seus clientes, agora mais desconfiados e exigentes, com novas dificuldades em lidar com as abordagens de novos players.

O estudo da consultora de Recursos Humanos Hay Group "Appearances can Deceive", sobre a liderança nas empresas do sector financeiro, mostra que deverão ser adoptadas novas atitudes de liderança para o pós-crise, para que uma verdadeira renovação possa ocorrer. E sugere três elementos de mudança. Diz o estudo que os novos líderes deverão apostar no autoconhecimento: em vez de se regressar ao business as usual, os novos líderes deverão «renovar, tanto nos modelos de negócio, como nas tecnologias e parcerias. Isto exige uma avaliação honesta da sua própria liderança e das competências face às capacidades necessárias para trabalhar desta forma», diferente da anterior.
O segundo ponto, prossegue o estudo, sugere que os novos líderes deverão experimentar novos tipos de comportamento - e liderar pelo exemplo. Diz o estudo que «já que os antigos estilos de liderança já não funcionam, os líderes deverão experimentar alternativas: acompanhar em vez de punir, ouvir em vez de perguntar e envolver em vez de atribuir tarefas. Este tipo de comportamentos trazem vantagens competitivas» e inspiram os colaboradores.

O último passo é, conclui o estudo, tão simplesmente estar disponível para aprender. «As organizações mais fortes aprenderam através da experimentação, tanto relativamente a novas formas de fazer negócio ou a novos estilos de liderança. As abordagens mais eficazes deverão ser, assim, incluídas nos novos modelos de liderança».