a M.A.
Teus olhos ferem como dois ponhais de luz...
luz que nos atravessa o Coração.
O que sugerem de intima emoção
no verso frouxo já se não traduz.
Dêsde que um dia os olhos nêles puz,
puz, neste caso, é força de expressão,
o que houve foi magnética atracção
à qual (nem que quizesse!...)não me opuz.
Desde êsse dia cujo aroma evoco...
desde aí, nunca mais tira-los pude,
num esquecimento bom que em Mal só troco.
E a vê-los !como o Tempo a Tempo a gente ilude!...
Assim m?iluminassem com seu foco
Versos Estranhos, 1949
a estrada longa desta Vida rude