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26/04/10

Raio Verde II

a M.A.

Teus olhos ferem como dois ponhais de luz...
luz que nos atravessa o Coração.
O que sugerem de intima emoção
no verso frouxo já se não traduz.

Dêsde que um dia os olhos nêles puz,
puz, neste caso, é força de expressão,
o que houve foi magnética atracção
à qual (nem que quizesse!...)não me opuz.

Desde êsse dia cujo aroma evoco...
desde aí, nunca mais tira-los pude,
num esquecimento bom que em Mal só troco.

E a vê-los !como o Tempo a Tempo a gente ilude!...
Assim m?iluminassem com seu foco

Versos Estranhos, 1949

a estrada longa desta Vida rude