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21/01/14

Criação de emprego não chega para compensar desemprego mundial

A Organização Internacional do Trabalho avisa, num relatório sobre tendências para o mercado de trabalho mundial, que as discrepâncias manter-se-ão nos próximos anos.

Apesar da recuperação económica registada nos países desenvolvidos, a criação de emprego é insuficiente para fazer face ao número de pessoas em situação de desemprego a nível global - uma tendência que, prevê um relatório da Organização Internacional do Trabalho, fará com que o número de desempregados chegue a 215 milhões em 2018.
Em 2013, o número de desempregados a nível mundial foi de cerca de 202 milhões - entre os quais 74,5 milhões de desempregados com idades entre os 15 e 24 anos -, um aumento de 5 milhões face ao ano anterior. Mais: a OIT chama ainda a atenção para os 32 milhões de pessoas sem emprego que procuram trabalho activamente, os 23 milhões de pessoas que desistiram de fazê-lo e os 7 milhões de pessoas economicamente inactivas fora do mercado de trabalho.
A discrepância entre a produção de novos empregos e o número de desempregados registada desde 2008, ano que marcou o início da crise, continua a aumentar. Em 2013, seriam necessários 62 milhões de novos postos de trabalho para colmatar esta diferença no mercado de trabalho.
Uma tendência que deverá agravar-se, segundo a OIT, e fazer com que a taxa de desemprego se mantenha constante nos próximos anos e acima dos níveis pré-crise - já que a criação de emprego líquida prevista até 2018 é de 40 milhões de novos postos de trabalho anuais. Um número insuficiente para fazer frente aos 42,6 milhões de pessoas que, espera-se, irão entrar por ano no mercado laboral.
Desemprego jovem em Portugal: um grave problema, avisa a OIT
Uma das faixas etárias mais prejudicadas pela destruição de postos de trabalho em Portugal, tal como na Grécia e na Irlanda, foi a dos jovens: dos 1,6 milhões de empregos que desapareceram de 2007 a 2012 nos três países, 1,2 milhões, ou 75%, afectaram a faixa etária entre os 15 e 34 anos.
Uma tendência preocupante para a OIT, justificada pela organização com o facto de os trabalhadores mais jovens serem, muitas vezes, os primeiros a serem sacrificados pelas empresas face a trabalhadores mais velhos e experientes, com maior protecção laboral.

A falta de programas de formação profissional, tanto de reforço e actualização de competências ou de requalificação em outras áreas, vem dificultar , acrescenta o documento da OIT, a reinserção de jovens no mercado de trabalho - um factor que complica, relembram, as perspectivas de crescimento dos países mais afectados por este problema.
Fonte: RHPortugal