É esta a
mensagem que se pode ler no site oficial da companhia da maçã, que perdeu ontem
o seu carismático líder, Steve Jobs, de 56 anos, vítima de um cancro no
pâncreas. O anúncio foi feito um dia após o lançamento do mais recente gadget
da empresa, o iPhone 4S.
A doença
foi-lhe diagnosticada em 2004, altura em que a imagem de “líder indestrutível”
sofreu o seu primeiro abalo.
Reconhecido
como um dos maiores gestores a nível mundial, Steve Jobs destacou-se pela sua
capacidade de atribuir aos produtos que criava um carácter aspiracional. A
comprová-lo estão as vendas de mais de 275 milhões de iPods, 100 milhões de
iPhones e 25 milhões iPads, em todo o mundo. Raramente aparecia em público, com
excepção das conferências de apresentação dos seus gadgets, a que compareciam
centenas de jornalistas de todo o mundo. Mas em 2007 afastou-se praticamente -
e dentro do possível - das luzes da ribalta. Nos raros momentos em que foi
visto, a partir daí, mostrava-se com uma imagem visivelmente debilitada.
Em Agosto
deste ano demitiu-se e foi substituído na presidência executiva pelo número
dois da empresa, Tim Cook.
«Sempre
disse que se chegasse o dia em que não conseguisse cumprir as minhas funções e
expectativas como presidente executivo da Apple, seria o primeiro a
informar-vos. Infelizmente, esse dia chegou», afirmou Steve Jobs, numa missiva
enviada ao Conselho de Administração da Apple, em que deixou claro, no entanto
- e se o Conselho de Administração assim o entendesse - que gostaria de
responder pelo cargo de “chairman”.
Steven Paul
Jobs destacou-se no panorama empresarial pela sua forma de estar e de actuar.
Tornou-se numa marca por si só, quase sempre vestido de preto, num tom altivo
que imprimia um certo distanciamento aos seus colaboradores. Alguns deles
apelidavam-no mesmo de “faraó”. Tinha por hábito andar descalço e assumia-se
como Budista. Com uma fortuna estimada em 8.4 mil milhões de dólares, reduziu o
seu salário na Apple a 1 dólar!
Fez da Apple
uma das marcas com maior notoriedade a nível mundial, privilegiando sempre a
inovação, o design e a funcionalidade.
Conseguiu
ampliar a Apple para além do seu mercado inicial, tendo a empresa passado a
actuar na área da electrónica e das telecomunicações.
Para trás
deixa produtos icónicos como o iPod, iPhone, iPad, que ficarão para sempre
associados à sua imagem.
Jobs era
mais do que um CEO ou fundador de uma empresa. Revolucionou o universo dos
dispositivos móveis e a forma como as pessoas comunicam no mundo inteiro.
O seu
sucessor, Tim Cook, será sempre sombreado pela sua figura, dificilmente
ultrapassável. E as comparações, essas, são inevitáveis.
Para aqueles
que querem partilhar memórias e condolências, a Apple deixa um endereço de
email: rememberingsteve@apple.com.
Ana J.
Fonte: Marketeer