Portugal foi visitado por 3,8 por
cento do total de passageiros europeus de cruzeiros, o que coloca o país em
sexto lugar no ranking de destinos europeus da European Cruise Council. O
número total de passageiros europeus que passaram pelos portos portugueses, em
2011, somou 1,069 milhões. A indústria dos cruzeiros contribuiu ainda para a
criação de 8.110 empregos, no ano passado, em Portugal, o que posiciona o país
no Top 10 de destinos onde o sector tem mais impacto na criação de emprego. Do
número total de empregos, 40 por cento estão associados às companhias de cruzeiros,
tendo ainda impacto em áreas ligadas a tripulação, reparações, comércio e
hotelaria. A indústria europeia de cruzeiros foi responsável por gerar 315.500
empregos – entre os países da União Europeia, mais Islândia, Noruega e Suíça –,
o que representa um aumento de 2,6 por cento (ou mais 7.000) face ao ano anterior.
Os portugueses são dos povos
europeus que mais férias internas fazem, a seguir aos romenos e aos espanhóis,
segundo dados revelados pelo Eurostat. De acordo com o ranking, os portugueses realizaram,
em 2011, 12 milhões de viagens, das quais 11,1 milhões foram de lazer (mais oito
por cento do que em 2008) e as restantes 900 mil foram de negócios (uma
diminuição de 37 por cento, em relação a 2008). No que diz respeito ao lazer,
91 por cento realizou viagens internas, enquanto apenas nove por cento optaram
por gozar férias no estrangeiro. No total da União Europeia, os residentes realizaram,
em 2011, 1,2 mil milhões de viagens, somando negócios e lazer. Em ambos os segmentos,
o Top 4 foi constituído por alemães, franceses, britânicos e espanhóis. Segundo
o Eurostat, as viagens de lazer, na União Europeia, mantiveram-se estáveis mas
a maioria optou por destinos domésticos (78 por cento). Apenas 24 por cento dos
residentes procurou destinos no estrangeiro, encontrando-se a maior parte dos
viajantes no Luxemburgo (quase a totalidade da população sai do país em
férias), na Bélgica (74 por cento), na Eslovénia (56 por cento), na Holanda (52
por cento) e na Áustria (50 por cento).
Os residentes na UE foram ainda
responsáveis por 165 milhões de viagens de negócios, sendo que a maioria dos
países apresentou quebras. As viagens de negócio caíram 11 por cento em 2011, face
a 2008, sendo que Portugal, com uma retracção de 37 por cento, ficou aquém da
média europeia O impacto do emprego da indústria dos cruzeiros está concentrado
no Top 10, com 91 por cento dos empregos gerados, liderados pela Itália e Reino
Unido com, respectivamente, 31,7 por cento do total e 20,2 por cento. De acordo
com o relatório, a grande maioria dos portos de escala na Europa estão situados
no Mediterrâneo e Báltico mas, ao incluir o Mar Negro e as Ilhas do Atlântico,
a região, como um todo, inclui cerca de 250 portos que foram visitados por navios
de cruzeiro. O Top 10, onde Portugal se inclui no sexto lugar, reúne 84 por cento
das visitas de passageiros de cruzeiros no ano passado, sendo os primeiros
quatro países no Mediterrâneo – Itália, Espanha, Grécia e França –, totalizando
dois terços das visitas dos passageiros europeus.
Civitavecchia, Nápoles e Livorno
são os portos de escala que fazem de Itália o destino líder no número de
passageiros com 6,5 milhões, seguida dos portos de Espanha que, incluindo as
ilhas Canárias, receberam 5,2 milhões de passageiros. Grécia, apesar do
decréscimo em 2010 que fez cair o destino de primeiro para terceiro, aumentou
em sete por cento, para 4,8 milhões passageiros, que chegaram sobretudo a Piréus,
Santorini, Mykonos e Rhodes.
Os portos franceses receberam 2,2
milhões de passageiros de cruzeiros, seguidos dos portos da Noruega, que
receberam 1,9 milhões.
Fonte: Turismo de
Lisboa
Imagem: Google