Fique a par do que não acontecerá no próximo ano
Com o fim do ano a aproximar-se, saiba quais são as 10 coisas
que não vão acontecer em 2012, segundo Daniel Flamberg, managing partner do
Booster Rocket, serviço de optimização de vendas e marketing, publicadas no
blogue iMedia Connection.
1. Os anúncios mobile vão explodir. Ou os consumidores ainda
se estão a ressentir com eles, ou ainda não descobriram como usá-los. As marcas
não conseguem comprá-los, medir o seu ROI ou valor de envolvimento. Grande
parte dos anúncios continuam a ser incorporados em jogos e aplicações.
2. O Facebook vai crescer exponencialmente. O foco vai passar
dos mais de 800 milhões de utilizadores para a qualidade da experiência e o
carácter viral da partilha. As marcas vão perceber como obter mais frutos das
suas mensagens através do filtro EdgeRank daquela rede social, bem como
conquistar defensores ao criar ou partilhar conteúdos originais, orientados
para a sua actividade. O que é dito, por quem e a quem, vai substituir a
contagem dos fãs enquanto medida para o sucesso da página de uma insígnia.
3. Os códigos QR vão
florescer. Esta tecnologia está amaldiçoada pela excessiva diversidade ou falta
de leitores de códigos, falta de normas técnicas, fraca penetração e
experiências pobres para os consumidores. Meios como revistas vão continuar a
usá-los como um emblema de que são tecnologicamente desenvolvidos, mas poucos
consumidores vão “cair” nessa.
4. Concorrentes do Groupon vão ser bem sucedidos. Com a
satisfação dos comerciantes sob a sua responsabilidade, este negócio vai
continuar a deparar-se com problemas como a incapacidade de personalizar um
produto ou serviço a marcas nacionais. O modelo de negócio foi criado para
“solitários”, a um nível local. Não pode acomodar facilmente marcas com
milhares de lojas ou franchisados. Os retalhistas ressentem-se com a partilha
das receitas a 50%. Não vêem as vendas aumentar o suficiente que justifique os
cortes de preço usados como “isco” para as compras, e questionam-se se os
cupões trazem consigo consumidores regulares. Redes sociais, empresas com
sistemas de pagamento como o PayPal e grandes retalhistas online como Amazon e
eBay vão emergir como “assassinos” do Groupon.
5. O apetite por aplicações vai crescer. Com um milhão de
apps disponíveis e mais de 100 milhões descarregadas só do iTunes, ninguém
precisa de mais apps. É ridículo o número de aplicações descarregadas e usadas
apenas de vez em quando. Os consumidores vão dividir as apps em duas
categorias: as úteis, que poupam tempo, e as de entretenimento, que o
desperdiçam. Se não ajudarem ou distrairem, vão desaparecer.
6. Os Banners vão morrer. Em vez de serem largamente
ignorados, as marcas vão continuar a investir em banners, principalmente porque
podem. Os banners, como cartazes, são um formato de media que todos os
marketeers compreendem, e que as agências de meios adoram comprar. E ainda que
as métricas provem que a “cegueira” dos banners é endémica e que não há ROI
positivo para o seu uso na construção de awareness, os marketeers vão continuar
a investir para demonstrar (aos seus chefes) o comprometimento com o digital.
7. Os pagamentos mobile vão atingir os 50 milhões de
subscritores. Apesar da incrível utilidade dos pagamentos mobile, a falta de
standards técnicos, os limites da penetração de smartphones, os sistemas
técnicos e de processamento concorrentes e aceitação por parte de consumidores
e retalhistas vão atrasar o crescimento deste canal. Os pagamentos mobile não
vão ter o arranque que teve o Google+. Vamos testemunhar, antes, um clima de
incerteza e dúvida enquanto os interesses concorrentes se confrontam, avançam
informações confusas e criam correntes à volta de retalhistas e aliados. Assim
que a batalha acalmar e um único standard se aproximar, os pagamentos mobile
vão substituir, de forma generalizada, os cartões de crédito e as carteiras.
8. Vai ocorrer uma saturação do email. Toda a gente o usa, e
muitos até o preferem.Os retalhistas confiam nele. O email é o único canal
fiável para o retalho, que permite a personalização da oferta. Vai tornar-se
ainda mais segmentado, cada vez mais ligado a preferências expressas e
integrado nas redes sociais, canais de procura e de fidelização. O spam foi
controlado.
9. Os budgets de televisão vão migrar para o digital. Não. A
televisão vai continuar a ser a única forma de, em simultâneo, acumular
audiências em massa e tocar a cultura mainstream. Os canais digitais
complementam, realçam e funcionam como um acrescento da televisão. Em alguns
segmentos, o visionamento de televisão ocorre em dispositivos digitais e é
comentado em tempo-real. Mas nos próximos tempos os marketeers não vão mesmo
realocar os investimentos, por estarem comprometidos tanto com o alcance como
com os próprios conteúdos fornecidos pela televisão.
10. Zuckerberg vai desistir da engenharia social. O
lançamento da Timeline é uma prova de que Mark Zuckerberg e a sua equipa têm
uma visão, uma agenda, uma plataforma e a vontade de impôr a sua perspectiva
sobre a forma como devemos pensar e partilhar as nossas vidas. Talvez ele pense
que, desde que inventou o Facebook e nos convenceu a usá-lo, tenha ganho o
direito de moldar a forma e o conteúdo de como nos expressamos. Não esperem do
Facebook um design centrado no utilizador ou na funcionalidade. Esperem, antes,
que a rede faça um re-design e imponha a sua visão sempre que quiser, e a
apresente como uma inovação e melhoria.
Ana J.
Fonte: artigo da Marketeer