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24/05/12

Mulheres em cargos de chefia contribuem para aumento da productividade

O aumento da integração das mulheres no mundo dos negócios pode levar ao aumento da productividade e criatividade das empresas – esta foi a conclusão retirada do debate que decorreu esta semana em Lisboa, organizado pela Câmara do Comércio América em Portugal (AmCham Portugal) e pela European Professional Women's Network (EPWN).



Segundo Graça Didier, secretária-geral da AmCham Portugal, o que está em causa é a competitividade empresarial.
“Uma melhor diversificação de mulheres e homens nas funções desempenhadas e um maior equilíbrio na tomada de decisão pode originar vantagens competitivas, melhorar a productividade e a criatividade dos colaboradores, atraindo mais clientes”, explica.
Para a responsável, o facto das empresas exercerem a sua actividade num mundo multicultural, heterogéneo e imprevisível, leva a que seja imprescindível o recurso à criatividade e à perspicácia.
“A igualdade de género correctamente gerida pode promover uma tensão criativa e uma cultura aberta, com maior reação aos novos desafios, ou seja, será mais fácil de alcançar se os conhecimentos dos trabalhadores forem diversificados”, acrescenta Graça Didier.
Segundo a mesma fonte, países e empresas necessitam urgentemente de novas políticas de inclusão, uma vez que a crença de que a melhor forma de integrar as mulheres é tratar todas as pessoas da mesma maneira começa a ser questionada.
“As empresas reconhecem que a falta de compreensão da diversidade é um risco com custos demasiado elevados e que a valorização das diferenças equivale a reconhecer que homens e mulheres têm diferentes papéis sociais e trabalham em diferentes áreas e posições sociais, e, por conseguinte, possuem diferentes experiências, valores e perspectivas que podem beneficiar a empresa”, conclui a secretária-geral da AmCham Portugal.
Recorde-se que, segundo um relatório do Centro Internacional de Formação da OIT, em parceria com a Associação Europeia de Câmaras de Comércio e Indústria na Europa, as mulheres representam somente 10% dos membros dos conselhos de administração das maiores empresas registadas na bolsa de valores, um número que baixa para 3% no que se refere a mulheres que ocupam posições ao nível mais elevado de tomada de decisões nestas empresas.

Fonte: RHPortugal