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14/02/12

Os 5 melhores sítios do mundo para viver



Está farto da pieguice nacional? Quer sair da zona de conforto e ir para um lugar ainda mais confortável? O jornal inglês The Guardian elegeu os cinco melhores locais do mundo para viver. O Dinheiro Vivo faz aqui um resumo das conclusões a que chegaram os britânicos e deixa algumas dicas que o podem convencer a mudar-se.

1.Portland, Oregon

Porquê? Se gosta de roupas vintage, bandas folk ou culturas alternativas, Portland, no estado norte-americano do Oregon, o sítio onde estar. Lembra-se de Bohemian Like You, a música dos Dandy Warhols que abrilhantou uma campanha da Vodafone? Pois, a banda é de Portland e a música é sobre a cidade que os viu nascer. Em relação ao resto dos Estados Unidos da América é uma cidade tão liberal que um europeu que para lá se mude poucas ou nenhumas diferenças encontra. Os ciclistas são adorados, tem regras apertadíssimas quanto a projectos imobiliários que possam desfigurar o espaço público e, diz quem conhece, as pessoas são de uma simpatia extrema. 


Os contras. É tudo muito cool, são todos parecidos connosco. Quem sobra para se detestar? Até o tempo é meio europeu, frio no Inverno, quente no Verão.

Transportes. É a cidade mais amiga das bicicletas nos EUA, com ciclovias espalhadas por todo o lado. Ocasionalmente também andar de carro, talvez para ir fazer ski às montanhas ou até à costa surfar umas ondas (ambas a pouco mais de uma hora).

Habitação. A zona está cheia de bungalows do início do século XX. Os preços variam entre os 170 mil e os 700 mil euros.  

2. St Pauli, Hamburgo

Porquê? Há mais ou menos cinquenta anos, Berlim era uma seca. Na Alemanha, todos os caminhos iam dar a Hamburgo. Que o digam os Beatles, que por lá andaram a batalhar antes da fama. Mas na região, o grande destaque terá mesmo que ser St Pauli, um antigo bairro vermelho, situado junto ao rio Elbe. Foi o poiso dos mais radicais nos anos 1970 e 1980, mas ainda alberga alguns modos de vida alternativos, muito ligados ao sexo. Mas no meio da pornografia há também estúdios de artistas, companhias de teatro e lojas excelentes. É mais caro que Berlim, mas Hamburgo também tem uma economia mais pujante e… empregos!

Os contras. Quando o vento sopra no Mar do Norte, o frio aperta mesmo. Para quem está habituado aos climas do Sul da Europa pode ser problemático.

Transportes. Mais uma cidade amante das bicicletas. As ciclovias estão por todo o lado.

Habitação. A marca distintiva são os belíssimos blocos de apartamentos do século XIX. Os preços vão dos 60 mil até aos 275 mil euros.

3. Maui, Hawaii

Porquê? Para quem gosta de surf é o sítio onde estar. Mas também é ideal para quem quer apenas relaxar. Na Costa Norte de Maui o ambiente é tão relaxado que em grande parte da região o limite de velocidade é de 20 quilómetros por hora. Mas se vai a pensar em ananases e saias com folhas de palmeira, esqueça. O kitsch está por todo no Hawai, menos nesta zona de Maui. Bares agradáveis, quedas de água, surf spots ou comunidades de escritores são alguns dos encantos que ali podem ser descobertos. Diz-se que até os turistas japoneses conseguem ali relaxar. E um local que consegue relaxar um japonês só pode ser muito recomendável.

Os contras. Está longe de tudo. E um vulcão, que está adormecido, mas nunca se sabe…

Transportes. Aqui vai mesmo precisar de carro, mas com o limite de velocidade nos 20 quilómetros por hora, não precisa de comprar um Bentley.

Habitação. Paia e Makawao são as cidades mais desenvolvidas, mas para quem quer mesmo viver em estado zen, Haiku é a melhor escolha. Os preços começam à volta dos 200 mil euros e podem ultrapassar o milhão, no caso de antigas casas coloniais.

4. Cihangir, Istambul

Porquê? Cihangir é uma das zonas onde mais se nota a notável evolução que Turquia registou nos últimos anos. O compromisso entre o antigo e o moderno revela-se em pormenores, como uma livraria urbana ao lado de uma loja que ainda entrega figos ao domicílio. As vistas a partir das colinas circundantes é esmagadora, as galerias de arte multiplicam-se, respira-se modernidade por todo o lado. É mesmo aqui que o Oriente encontra o Ocidente.

Os contras. Sismos. Estão à espera do «big one» há anos. Se comprar uma casa informe-se detalhadamente sobre a construção do edifício. As colinas, para lá das vistas fenomenais, também ajudam a cheias quando as chuvadas se tornam mais intensas.

Transportes. O eléctrico que atravessa toda a cidade é o mais utilizado. Também se anda bem a pé. A outra opção é um dos milhões de táxis amarelos que rodam sem parar. Andar de carro é que é mesmo desaconselhável.

Habitação. Lofts, apartamentos, casas. Há de tudo em Cihangir. E a preços bastante convidativos. Vão dos 70 mil aos 600 mil euros. Para alugar há um número de infinito de casas.  

5. Santa Cruz, Tenerife

Porquê? Há uma Tenerife diferente da Tenerife dos postais de Verão, carregados de turistas alemães obesos e escaldados pelo sol. Se se afastar um pouco do centro turístico vai encontrar um sítio mais parecido com… Espanha. Santa Cruz é uma cidade lindíssima, com bairros do século XIX, galerias de arte e praças geometricamente desenhadas. E há a «coisa», de Santiago Calatrava, que ninguém sabe muito bem o que é. Sem hordas de turistas por todo o lado, Santa Cruz também tem belíssimas praias, como Las Teresitas.

Os contras. Se disser a alguém que se vai mudar para Tenerife podem querer interná-lo...

Transportes. O tempo convida a grandes passeios a pé. Mas é fundamental ter um carro.

Habitação. Há cada vez mais habitações antigas em processo de requalificação. Las Mimosas é um dos locais mais prazíveis e onde há mais oferta. Os preços podem variar entre os 130 mil e os 600 mil euros.

Ana J.
Fonte: Dinheiro Vivo