"Se a marca tiver posicionamento, diferenciação e
carácter, o produto vende-se"
O futuro está nas mulheres que são sempre melhores clientes
que os homens. Esta foi uma das ideias chave que Hermawan Kartajaya, presidente
da World Marketing Association, passou ontem a todos aqueles que assistiam às
conferências do QSP Summit 2012, que se realizou na Exponor, no Porto. Segundo
este profissional esta realidade reside no facto de as mulheres fazerem compras
para si, para os seus filhos, maridos e casa, ao passo que os homens compram
apenas para si próprios.
Entre os principais pontos apresentados por Hermawan
Kartajaya destaque também para a importância da diferenciação das marcas.
Segundo este profissional, as marcas apenas conseguem impor-se pela
diferenciação pois caso esta não exista o preço será a sua única arma. Daí que
defenda que o slogan da marca deva reflectir a verdadeira diferenciação da
empresa. «Não adianta ter dezenas de vendedores na rua e dizer-lhes para
vender. Se a marca tiver posicionamento, diferenciação e carácter, o produto
vende-se», garantiu!
Gian Fulgoni, executive chairman e co-fundador da ComScore,
destacou, por sua vez, na sua palestra que «partes do mundo que até há poucos
anos não estavam ligadas à Internet, agora não só estão ligadas como com banda
larga e através de dispositivos móveis», fazendo com que os EUA tenham deixado
de ser o centro do mundo online. Segundo dados apresentados por Gian Fulgoni,
se em 1996 os EUA representavam 66% da população da internet, em 2011 esse
valor descera para os 13%. Ou seja, hoje a audiência da Internet a nível
mundial está concentrada na região Ásia/Pacífico (41,3%), seguida da Europa
(26,4%) e só depois a América do Norte (14,6%). Regiões emergentes fazem com
que a América Latina represente já 9% e a região Middle East/Africa atinja já
os 8,8%. Aliás, os mercados que mais cresceram no ano passado foram o Vietname,
a Venezuela, a Indonésia e o México. Todos viram o crescimento da sua população
online crescer mais de 20%.
Dentro do meio internet, as redes sociais estão a mudar o
paradigma da comunicação. E isso mais não é que o acompanhar da explosão do
social. De facto, segundo Gian Fulgoni, 82% da população mundial que está
online usa as redes sociais, sendo 1 em cada 5 minutos do tempo passado online
usado nas redes sociais. E o Facebbok destaca-se nas preferências sendo já o terceiro
site no ranking de acessos a nível mundial e tendo uma penetração global de
55%.
Mas para quem tem dúvidas da importância desta rede aqui
ficam mais dados divulgados pela ComScore: 3 em cada 4 minutos passados em
redes sociais são usados no Facebook e por cada 7 minutos online, 1 é gasto na
rede de Mark Zuckerberg. Mas, diz Gian Fulgoni, «as marcas não devem comunicar
com os seus fãs na sua wall do Facebook porque depois de se tornarem fãs estes
raramente voltam à pagina da marca. Devem antes comunicar directamente com os
fãs porque ao tornarem-se fãs estão a dar permissão à marca para que o faça!»
Fonte: artigo da Marketeer