Foto: Monte Rei Algarve
A indústria do golfe em Portugal facturou 95,3 milhões de
euros (ME) em 2010, menos 6,5% do que no ano anterior, concluiu a Deloitte, no
Relatório Anual da modalidade.
Este estudo, feito para o Conselho Nacional da Indústria do
Golfe (CNIG), a que a Lusa teve acesso, salienta que a indústria apresentou
“resultados totais negativos de 10,5 milhões de euros, antes de juros e
impostos”.
Nos 80 campos em funcionamento, registou-se uma quebra de
82.546 euros no valor médio por campo das receitas totais, que se fixou, em
2010, em 1.191.602 euros.
De acordo com o relatório, o Algarve, que detém 46% dos
campos, foi onde a receita média angariada foi mais elevada (1.520.091 euros),
quase o triplo da rentabilidade média dos campos da região de Lisboa (605.328
euros). No entanto, o custo operacional médio de cada campo ascende a 1.322.173
euros (menos 5,6% do que em 2009).
Calculando que tenham sido feitas 1.917.200 voltas nos campos
portugueses, das quais apenas 54.640 por cortesia, a Deloitte afirma que cada uma
gerou 50 euros de receita média, menos dois euros que em 2009, representando
71,2% dos proveitos totais.
Em 2010, os golfistas estrangeiros voltaram a liderar o
número de voltas realizadas (1.591.276 contra 325.924 de portugueses), apesar
de os jogadores lusos já representarem mais de metade das voltas realizadas na
região de Lisboa (65,4%).
Os campos portugueses são procurados principalmente pelos
mercados do Reino Unido, com 47,8 por cento dos jogadores, Alemanha (10,5%) e
Escandinávia (7,3%), que no total representam 71,6% das voltas comercializadas.
A Deloitte calcula ainda que o golfe, sem “outsourcing”,
empregue 2.560 colaboradores, numa média de 32 por cada campo. No Algarve, este
número ascende aos 38 por cada campo.
Ana J.
Fonte: artigo da Inovação & Marketing
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