“As viagens de negócios aumentaram ligeiramente na primeira
metade deste ano, em Portugal, face ao mesmo período do ano passado.”
O ano de 2009 foi de
crise houve uma quebra das viagens de negócios, em 2010 uma recuperação e este
ano há um ligeiro aumento ou uma estagnação, disse à Lusa Frederic Frere do
grupo português TravelStore, especializado na gestão de viagens profissionais
(business travel) e na organização de eventos corporativos.
Segundo a fonte, “há uma atitude mais guerreira das empresas
em se internacionalizarem porque sabem que no mercado interno vão ter grandes
dificuldades”, adiantou aquele responsável.
Brasil e Angola são os
mercados mais procurados pelos homens de negócios, seguidos pela China e outros
países europeus.
Frederic Frere admite
que, actualmente, a Travelstore – que está associada à American Express – tenha
uma quota de mercado em Portugal de 10,5%.
Citando a fonte,”com base na análise do nosso departamento de
market research, em 2008 tínhamos uma quota de mercado de 5,93% e no ano
seguinte de 6,15%. Neste momento estimamos que a Travelstore-American Express
detenha uma quota de mercado superior a 10,5%, reforçando a nossa liderança no segmento
das viagens de negócio”.
Este ano, a Travelstore registou um crescimento de 48% nas
vendas totais, face ao volume do ano anterior, um resultado que a empresa diz
refletir a «entrada» da empresa em Angola, onde abriu escritórios em meados do
ano passado e que está já a registar «um franco desenvolvimento».
Expurgando esses resultados de Angola desta análise, em
Portugal o crescimento nas vendas totais da Travelstore é de 26%, em resultado
de um aumento da carteira de clientes e de uma maior receita média por cliente.
Adianta ainda que,“Julho foi um mês normal, ou o melhor mês
de vendas desde a criação da Travelstore, o que pode indicar que as empresas
não fecharam durante esse mês, ao contrário do habitual”.
Mas, apesar do aumento de 26% das vendas totais, o número de
transacções da Travelstore só aumentou de cerca de 3%, o que traduz uma subida
do valor médio das transacções de cerca de 22%, que se regista principalmente
no número de voos para fora da Europa.
Em tempos de crise, embora as empresas não viagem menos,
procuram preços mais baratos: «As empresas reservam cada vez mais as viagens
mais cedo, planeando as viagens com antecedência de forma a poderem beneficiar
de tarifas mais baixas».
Os dados da Travelstore mostram que, em 2010, as empresas
compravam a viagem em média 16 dias antes da partida e este ano a média passou
para 18 dias antes, uma alteração significativa tendo em conta que o contexto
das viagens profissionais obriga geralmente a uma flexibilidade maior do que
nas viagens particulares.
Ana J.
Fonte: Inovação & Marketing