Os grandes desafios a que a
indústria do turismo mundial terá de responder, até 2015, para inverter a
tendência de queda e atingir crescimento no futuro, são identificados no
relatório Hospitality 2015, publicado pela Deloitte.
Segundo o documento, a China e a
Índia vão continuar a ser os principais mercados, a nível mundial, no sector do
Turismo, com um crescimento anual superior ao Reino Unido, França e Japão.
Quanto à população, o relatório
destaca o envelhecimento da geração baby boomer e o aparecimento de classes
médias, na China e na Índia, como determinantes na mudança do sector turístico
mundial. Adianta, ainda, que estes dois factores demográficos vão criar novos
padrões de viagem, acentuar a procura pelo Ocidente e gerar uma importante
fonte de rendimento para os mercados do Oriente. Para garantir a sustentabilidade
do sector, torna-se essencial, de acordo com o Hospitality 2015, atrair os baby
boomers, apelando ao desejo por viagens que sejam verdadeiras experiências.
Quanto às classes médias da China e da Índia, estas vão gerar ciclos de mudança
com impactos futuros e duradouros, especialmente ao nível da evolução dos
padrões de viagem no sentido de domésticos para regionais para, finalmente,
internacionais. Em 2020, só a Índia deverá contabilizar cerca de 50 milhões de turistas.
Domínio das novas ferramentas de
comunicação é essencial
Com um impressionante crescimento
nos últimos cinco anos, as redes sociais tornaram-se numa excelente fonte de
informação para os consumidores, mas também uma oportunidade para os operadores
turísticos. O relatório Hospitality 2015 explica que a transparência da
comunicação nos media sociais pode, por um lado, expor as inconsistências de
serviço das marcas ou, por outro, ser um rápido e enriquecedor canal de ligação
entre a marca e o consumidor.
As marcas mais bem sucedidas
serão aquelas que adoptem e utilizem as novas ferramentas de
comunicação sem subestimar ou
lutar contra a sua influência, conclui.
Recursos humanos são um
factor-chave
Apesar de o sector ter uma
elevada rotatividade de funcionários, um empresário de hotelaria gasta, em
média, 33 por cento das suas receitas com a área dos recursos humanos.
Este factor vai continuar a ter
uma incidência preponderante e os operadores vão ter de criar planos
estratégicos, que acautelem a manutenção de recursos humanos essenciais e a
gestão eficiente do volume de negócios.
Investir em tecnologia
O relatório da Deloitte aponta
para que o investimento em tecnologia seja um factor crítico para o sucesso das
empresas do sector do Turismo, em 2015. A rivalidade entre as unidades
hoteleiras e os operadores, pelas marcações online, vai continuar, estando os
operadores já a trabalhar na resposta às necessidades dos consumidores através
da criação de novas aplicações e páginas para os dispositivos móveis.
Turismo sustentável
Devido ao crescente aumento da
população e à escassez de recursos naturais, a sustentabilidade será
determinante até 2015. Esta conjugação vai gerar um ambiente de negócio muito
desafiante e a necessidade de incorporar a questão da sustentabilidade em todas
as facetas da indústria do Turismo.
Gestão de crises
A única forma da indústria do
Turismo sobreviver a choques imprevisíveis, e minimizar o seu impacto, é ter
uma resposta organizada e adequada, através da criação de protocolos e programas
de gestão de risco. O relatório da Deloitte aponta para a necessidade dos
operadores saberem rentabilizar as alturas mais difíceis e aproveitar novas oportunidades.
Fonte: Artigo da
Revista de Turismo de Lisboa